Acervo Waslau

Descrição Geral

O acervo contém mais de 10 mil itens entre partituras editadas e manuscritas, livros de música, CDs, LPs e documentos históricos. Foi dividido em 7 fundos nos quais se encontram peças eruditas e populares de compositores locais. No que concerne ao universo do choro, destaca-se a coleção da Banda Lyra dos Campos, que contém arranjos de marchas e dobrados, como os do Maestro Adalto Vieira de Paula (1927) e do Maestro Paulino Martins (1893 – 1973), além de muita música popular para bandas, como Jubileu, de Anacleto de Medeiros, entre outros. Também há partituras dos compositores irmãos Jacob e Jorge Holzmann, ambos nascidos no final do século XIX, autores de marchas, polcas, schottisches e valsas.

Histórico

Este acervo é constituído de documentos musicais recolhidos pela Fundação Municipal de Cultura de Ponta Grossa durante muitos anos. Destacam-se os fundos da Orquestra Sinfônica Cidade de Ponta Grossa, a primeira orquestra do Paraná, assim como o da Banda Lyra dos Campos, uma corporação bastante tradicional no estado. O nome deste acervo é em reconhecimento ao ex- arquivista da Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa, Waslau Borkowski, que também era violinista, atuando até os 93 anos de idade, falecendo em 2015, aos 98. Borkowski foi autodidata e um dos pioneiros da orquestra da cidade. O acervo contém partituras de compositores importantes do choro na região, como Jorge Holzmann, que estudou e atuou no Rio de Janeiro e teve partituras publicadas na Revista O Malho e Olho da Rua, e Jacob Holzmann, músico e político envolvido com as questões culturais da cidade e fundador da Banda Lyra dos Campos, ao lado do Maestro Paulino. Jacob também foi o fundador do jornal Diário dos Campos (1907). Quanto a Jorge, destaca-se a gravação histórica de sua composição Casa Edson, pela Banda Escudero, feita no começo do século XX.

Estado da Coleção/Acessibilidade

O acerbo está no Centro de Música, sob guarda do Conservatório Maestro Paulino, e tem sido visitado por musicólogos em busca de conteúdos específicos. Está em processo de higienização, catalogação e digitalização de todos os itens.

Informações Complementares

O acervo é dividido em fundos:
1. Fundo Orquestra Sinfonica Cidade de Ponta Grossa.
2. Fundo Banda Escola Lyra dos Campos.
3.Fundo Coral Santa Cecília.
4. Fundo Conservatório Maestro Paulino.
5. Fundo Waslau Borkowski.
6. Fundo Família Tigges.
7. Fundo Acordeonista Cláudio Todisco.

Texto retirado do Acervo Virtual da rede de Museus da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PREC), da Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Disponível em < https://acervosvirtuais.ufpel.edu.br/choropatrimonio/acervos/acervo-historico-musical-waslau-borkowski/>

Waslau Ludovico Borkowski 

Waslau Ludovico Borkowski é natural de Irati (PR), nasceu em 02 de setembro de 1917 e viveu até os 98 anos de idade. Autodidata, foi um dos primeiros violinistas da Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa, criada em 1954. Dois anos depois da criação, em 1956, ele já integrava o corpo artístico e só deixou de participar das atividades em 2011, já com 93 anos. Nunca faltava ensaio e estava sempre disposto a ajudar a orquestra, executando diversas funções, além da contínua preocupação com o estudo e a execução do violino. Mesmo junto à nova geração de músicos, era sempre o mais interessado em aprender.

Nos anos 70, atuou em concursos de serestas e foi campeão paranaense por diversas vezes. Nos anos 80 e 90, quando a Orquestra passou por seus momentos mais difíceis, beirando ao encerramento das atividades, ele ia diariamente até seus arquivos, onde por lá cuidava dos instrumentos e realizava todo o serviço de registro e arquivamento dos documentos e partituras.

Waslau foi personagem do documentário intitulado ‘Momentos de Spalla’ de 2010, com direção e produção de Denise Soares, que relata parte da sua trajetória do músico.

O violinista Waslau Ludovico Borkowski foi um dos que escreveram a história musical de Ponta Grossa. Na casa do músico, ao longo de muitos anos, as notas musicais da orquestra da cidade – que Waslau ajudou a consolidar – ficaram no papel.

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