A festa religiosa era um tempo de enorme significação, na qual se movimentava toda a sociedade. A participação e o comparecimento a todas as cerimônias garantiam o êxito da festa, da devoção e de seus patrocinadores.
Em Ponta Grossa, a Festa de Sant’Ana é a expressão simbólica do espaço religioso. A missa solene, a procissão, cantores e músicos, leilões e barraquinhas, fogos de artifício, cavalhadas e congadas propiciavam aos numerosos fiéis uma diversão ansiosamente esperada.
O evento possibilitava, assim, a fratura do quotidiano e a irrupção da alegria, para a qual não eram suficientes as cerimônias na igreja. Ela explodia em festa profana, arrastando consigo a liturgia religiosa. A festa proporcionava um tempo de construção de identidades.
Texto por: Casa da Memória