Castelinho / BCN / Villa Miraflores / Banco Bradesco

Rua: Coronel Dulcídio, n° 1184
Processo: 88/2001

O conjunto arquitetônico de Ponta Grossa tem sido pauta de estudos das mais diversas áreas. Com um rol de construções do século passado de grande importância na história e na arquitetura do Estado do Paraná. É fundamental a preservação de exemplares em bom estado, a exemplo da Villa Miraflores, ou como conhecido pela população, o Castelinho da Coronel Dulcídio, a fim de não só garantir a materialidade da edificação, mas também a sua história.

A composição urbana, a construção civil frenética observada pela enorme quantidade de novos prédios surgindo, a especulação imobiliária e o interesse cada vez maior por grandes áreas na região central se tornam uma ameaça à história local.

A construção refere-se no processo do livro tombo como Banco Bradesco, sito à rua Coronel Dulcídio, número 1184. É inserida na paisagem de forma dominante, com localização de esquina. É descrita pela professora Dra. Marcia Dropa como Villa Miraflores, compondo o cenário urbano do centro de Ponta Grossa, retratando um modelo de vida de uma época.

Trata-se de uma construção com quatro pavimentos, sendo porão, dois pavimentos de habitação e uma torre. Com traços ecléticos e a expressividade das grandes villas do século XX, seu terraço expressivo e grandes varandas fazem a configuração das fachadas, com arcos, colunas, frisos, mãos francesas e balaustres. As esquadrias em madeira cuidadosamente projetadas exibem vitrais.

A construção datada em 1918 possui recuos nas quatros laterais e possui duas faces voltadas à rua, com muros escultóricos com pilastras e ornamentos. Nenhum alteração ao desenho original foi realizada nesse sentido, sendo inclusive mantido o portão em ferro.

Foi residência da família do Sr. Fidêncio Silveira, importante fazendeiro da época.

Embora com paisagismo diferente do atual, na primeira década da construção nota-se a presença de espaços destinados aos jardins, compondo canteiros na fachada da rua Tiradentes.

Seu interior, em excelente em estado de conservação é composto por paredes em alvenaria, escadaria escultórica e portas em madeira maciça.

Representa arquitetonicamente um estilo eclético legítimo, preservado, com bons elementos da história, mas principalmente representando na cultura de nossa cidade um elemento do imaginário da população.

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