Casa da Memória

A Casa da Memória Paraná tem como objetivo central atuar como um centro de documentação, efetuando guarda, conservação, organização e disponibilização de acervo variado, tratando, principalmente, da história local, dos Campos Gerais e do Paraná.
O QUE É?
A Casa da Memória Paraná (CMPR) é um centro de documentação, pesquisa e exposição situado na cidade de Ponta Grossa. Foi inaugurado em 1995, no prédio da antiga Estação Paraná. O acervo pertence à Secretaria Municipal de Cultura e é mantido pela Prefeitura de Ponta Grossa. Atualmente o local que abriga a CMPR se localiza na rua Coronel Dulcídio, 1085 – Centro, ao lado da Mansão Villa Hilda.
A instituição é responsável pela guarda, conservação, organização e disponibilização de acervo histórico variado, tratando, principalmente, da história da cidade de Ponta Grossa e dos Campos Gerais.
CONHEÇA OS ACERVOS DA CASA DA MEMÓRIA PARANÁ
Acervo de Periódicos
Inclui jornais do início do século XX até os principais periódicos que circulam atualmente na cidade, como Diário dos Campos e Jornal da Manhã.
Temos uma coleção única do Jornal O Progresso, criado em 1907. Cinco anos depois de sua criação passou a se chamar Diário dos Campos. O acervo referente a esse periódico compreende de 1909 até 1924, que está digitalizado e pode ser acessado clicando aqui; e de 1955 a 1990, ano em que o jornal parou de circular, retornando em 1999 até os dias atuais. Além disso, temos também:
- Jornal da Manhã desde seu 1° exemplar em julho de 1954 até a atualidade;
- Diário da Manhã desde 1991 até o seu encerramento em 2008;
- A Notícia que se estende de 1978 a 1983;
- Diário de Ponta Grossa de 1979 a 1982;
- Outros títulos com poucos exemplares: Correio Pontagrossense, Campos Gerais, Jornal de História e Foca Livre ambos da UEPG, Grimpa, Nosso Bairro, Informativo do Sindicato Rural dos Campos Gerais, D’ Ponta a Ponta, OAB – PG e Tapejara do Centro Cultural Euclides da Cunha.
- Jornais de circulação estadual: Dezenove de Dezembro (o primeiro jornal do Paraná criado em 1853 quando o Estado do Paraná se emancipou), A República, Tribuna do Paraná, O Estado do Paraná (final da década de 1970 e início dos anos 1980), Nicolau, O Dia, Folha de Londrina, Folha Norte do Paraná, Gazeta do Povo (década de 1980 e início dos anos 1990).
Acervo Documental
É composto por documentos do poder público desde o Brasil Império, especificamente a partir de 1860, até as primeiras décadas do século XX.
Os mais antigos referem-se a:
- Concessão de terras executadas pela Câmara Municipal de 1867 a 1950;
- Leis de 1932 a 1987;
- Decretos e portarias de 1958 a 1986;
- Códigos de Posturas de 1897, 1914 e 1937;
- Arruamentos e Leis de denominação de ruas;
- Impostos prediais de 1901 a 1910, Impostos de Negócios e Profissões, Impostos de Veículos e de animais que englobam de 1919 a 1930;
- Livro de Alvarás;
- Livro de chauffeurs (motoristas);
- Requerimentos para construções;
- Relatório das Secretarias da Prefeitura de Ponta Grossa – Projetos, Planejamento e Orçamentos anuais (diversas gestões);
- Livros Contábeis;
- Livros de Contas Bancárias.
Outra tipologia são os documentos/atas de instituições diversas:
- Centro Cívico Beneficente;
- CTGs;
- Ordem Terceira Franciscana;
- Paróquia São Cristóvão;
- Instituto Educacional Manoel Ribas;
- Associação de Proteção aos Operários;
- Aero Club de Ponta Grossa;
- Estatuto do Clube Sírio Libanês e do Polonesa Renascença;
- Casa do Menor;
- Sociedade Espírita São Francisco;
- Sociedade Filatélica;
- Academia de Arte e Profissão;
- Academia de Música de Ponta Grossa;
- Orquestra Sinfônica;
- Jazz Guarany;
- Históricos de escolas particulares e públicas;
- Corpo de Bombeiros;
- Hospitais.
Em relação a Ferrovia há:
- Livro dos alunos e livro de presença da Escola Ferroviária Tibúrcio Cavalcanti;
- Documentos da Cooperativa Mista 26 de Outubro;
- Bloco de Relatório de fiscalização;
- Quadro de distâncias das linhas;
- Estatuto Social REFER;
- Relatório Cooperativa 26 de Outubro.
Documentos de entidades econômicas/comerciais com históricos e livros contábeis, como por exemplo:
- Padaria Voigt (Glória);
- Empresa Ernesto Guimarães;
- Casa Progresso.
Há também documentos pessoais:
- Atestados de óbitos;
- Certidões de nascimentos;
- Carteiras de identidades e de trabalho;
- Históricos de famílias concedidas pelas mesmas.
Acervo de Plantas Arquitetônicas
Esse acervo é composto por mais de 7000 plantas de projetos de imóveis de Ponta Grossa. Iniciam na década de 1910 até a década de 1980.
Parte deste acervo já foi catalogado. A catalogação foi realizada por ordem alfabética (de A a Z), tendo como referência o nome da rua de onde o projeto foi estabelecido. Nas plantas onde não se encontra a localização, a catalogação foi realizada referenciando o ano do projeto. Toda a relação está disponível virtualmente.
Acervo Bibliográfico
A Casa da Memória Paraná possui um Acervo Bibliográfico especializado que reúne obras relacionadas a história de Ponta Grossa, da região dos Campos Gerais e Paraná, considerando-se autoria, edição e temática. São aproximadamente 2000 exemplares disponíveis para consulta local, que incluem publicações oficiais, históricas, acadêmicas, didáticas, literárias e periódicos.
Acervo Fotográfico
O Acervo Fotográfico em papel conta com cerca de 4.500 fotos já catalogadas e aproximadamente 1.000 ainda não catalogadas. Essas fotografias são de diversos fotógrafos, com registros do Paraná e, principalmente, de Ponta Grossa e dos Campos Gerais, divididas em pastas/assunto, organizadas em ordem alfabética, destacando-se principalmente:
- Famílias;
- Municípios paranaenses;
- Indústrias ponta-grossenses;
- Lojas comerciais;
- Casamentos;
- Carnavais;
- Igrejas;
- Praças;
- Ruas;
- Grupos musicais;
- Futebol;
- Festas;
- Eventos da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa.
Acervo Fotográfico em papel específico:
CASA DO DIVINO – O Acervo foi doado em 2002 por Lídia Hoffmann Chaves – responsável pela Casa do Divino. Corresponde a fotos deixadas por devotos como pedidos, testemunhos ou agradecimentos ao Divino Espírito Santo, datadas de 1882 a 2002, totalizando 12000 fotos. O acervo está organizado em 7 categorias: Casal, Casamento, Crianças, Família, Homens, Mulheres e Outros. Na categoria outros, contém fotos de animais (gado, porcos, cavalos, cachorros, etc.) fotos de pessoas em caixões, túmulos e partes do corpo humano.
Fundo Foto Bianchi
Atualmente o Fundo Foto Bianchi é conhecido como o maior do gênero no Brasil, pela grandiosidade numérica (aproximadamente 45.000 negativos dentre os quais mais de 3.000 já foram higienizados e catalogados) e suas características próprias.
O Fundo é um conjunto documental formado por: negativos em chapa de vidro e celulose flexível, objetos, caixas de negativos e cadernos de anotações com 150 cadernos originais, que abrangem o período de 1911 a 1973.
É um material complexo e de extrema fragilidade, considerando seus suportes, suas especificidades técnicas e suas relações de produção.
Esses negativos mostram as mudanças sociais, políticas, culturais e até mesmo as transformações tecnológicas e de consumo nos modos de fotografar desde meados do século XX até a década de 1970, contendo a coleção comercial e a coleção de fotografias particulares da família Bianchi, que mostram o cotidiano domiciliar, os passeios e até os testes fotográficos realizados com as novidades do ramo.
Parte do acervo de negativos do ateliê Fotografia Bianchi foi vendido, em 30 de março de 2001, à Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. Dessa forma, o acervo da Fotografia Bianchi, composto por cerca de 45 mil negativos em chapa de vidro e celulose flexível, assim como os cadernos de registo do estabelecimento, passam a ficar sob a responsabilidade da Casa da Memória Paraná – Secretaria Municipal de Cultura.
LUIS BIANCHI
Foi um dos primeiros fotógrafos a se instalar em Ponta Grossa, por volta de 1909. Filho de imigrantes italianos e naturalizado argentino, aprendeu o ofício da fotografia com o pai, que além de outras atividades mantinha um pequeno jornal em Buenos Aires.
Sua carreira profissional teve início na Lapa, em conjunto com um fotógrafo alemão. No entanto, nos primeiros anos do século XX, há registros de imagens realizadas por ele na região dos Campos Gerais. Posteriormente foi contratado pela Brasil Railway Company, empresa responsável pela construção da estrada de ferro. Durante os anos que atuou como fotógrafo (1909-1940), Bianchi se destacou pelo seu profissionalismo e pela importância histórica do mesmo. Entre os temas das fotografias que Bianchi comercializava estão as principais ruas, praças, eventos e atrativos turísticos dos Campos Gerais. Há também as fotos panorâmicas que mostram a Catedral, a movimentação das estações de trem, a ampliação dos comércios, as festividades religiosas e cívicas, entre outras.
CONHEÇA O PROJETO DE EXTENSÃO ORGANIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DO FUNDO FOTO BIANCHI
Com este conjunto documental é efetuado trabalhos de higienização, catalogação, conservação e pesquisa. Estas ações são resultantes das parceiras entre a Casa da Memória Paraná e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UE´PG), que ocorre desde 2014, por meio do Projeto de Extensão Organização e Diagnóstico do Fundo Foto Bianchi. Isto tem contribuído com o fortalecimento de ações que buscam trabalhar questões do ensino, pesquisa e extensão.
O Projeto é coordenado pela professora do departamento de Artes Visuais, Patrícia Camera. Durante os 7 anos de parceria entre a Casa da Memória Paraná e a UEPG, o projeto tem recebido como integrantes estudantes do ensino médio (PIBIC JR), graduação, pós-graduação, alunos e professores do curso de História, Artes Visuais, Geografia e Jornalismo.
Os resultados dessas ações podem ser acompanhados em apresentações acadêmicas (extensionistas e de pesquisa), exposições, websites, Instagram, trabalho de conclusão de curso e pesquisas de mestrado. Os temas abordados são variados, passando por questões de curadoria, conservação, organização de acervos e pesquisas voltadas à história da fotografia e feitas com o estudo da imagem.
Em 2019, o projeto recebeu o Prêmio João Pilarski de Artes Visuais.
O resultado dessas imagens, feitas desde a primeira década do século XX e até meados dos anos 2000, pode ser pesquisado junto com os cadernos de serviços, que estão disponibilizados no repositório Memórias Digitais, do Museu Campos Gerais.
Para ver algumas imagens do Fundo e ações do Projeto de Extensão, visite instagram.com/fundofotobianchi
Acervo Fonográfico
O Acervo Fonográfico conta com aproximadamente 3.000 discos de vinil já catalogados e cerca de 500 a serem higienizados e catalogados. Além disso, esse acervo também possui diversas fitas cassetes e CDs. É composto por produções locais, regionais, nacionais e internacionais das mais variadas épocas.
Os discos foram divididos por categorias segundo o estilo musical de cada um, compondo com isso 20 categorias, além de uma em especial que compreende uma instituição, que são os discos doados pelo Centro Operário Cívico Beneficente.
As categorias musicais são as seguintes:
- Música clássica;
- Orquestras
- Música épica;
- Música barroca e renascentista;
- Festivais – cameratas e corais;
- Jazz;
- Blues;
- Rock – heavy metal;
- Pop;
- Pop – rock nacional;
- Música instrumental;
- Música Popular Brasileira;
- Bossa nova;
- Música nordestina;
- Sertanejo;
- Variedades;
- Programas – novelas e filmes;
- Infantil;
- Country e gaúchas.
Você ou sua família possuem documentos importantes, fotografias da cidade ou de qualquer evento ocorrido em Ponta Grossa? É possível fazer a doação à Casa da Memória Paraná, que se coloca à disposição para abrigar essas fotos e disponibilizá-las a toda a comunidade. Caso não queira doar, é possível também ceder esse material fotográfico para que possamos fazer cópia.
CASA DA MEMÓRIA PARANÁ
Para mais informações ou agendamento de visita
- WhatsApp: (42) 9 8433-3431
- E-mail: casadamemoria_pg@hotmail.com
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Redes Sociais:
- Facebook: Casa da Memória Paraná
- Instagram: @casadamemoriaparana
Localização: Rua Coronel Dulcídio, 1805 – Centro – Anexo à Villa Hilda
Entrada: gratuita