Carta de Ponta Grossa consolida G7 cultural

O setor cultural dos maiores municípios do interior do Paraná consolidou uma proposta de trabalho coletivo e de troca de experiências a partir de encontro realizado em Ponta Grossa, na semana passada (dias 11 e 12). Ao todo são sete cidades que criaram um bloco para discutir políticas públicas relativas à cultura. O objetivo é estabelecer pautas em comum e articulação junto aos governos estadual e federal.

As conversas sobre a oficialização do G7 vinham desde 2019. A partir de 2020, em razão da pandemia da Covid-19, houve um início de trabalho de forma remota. O motivo era a Lei Aldir Blanc. Neste ano, em razão das próximas leis emergenciais de cultura (Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc II), os gestores e as gestoras pretendem estar mais próximos. 

O evento da semana passada reuniu representantes do setor cultural de Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Cascavel, Toledo e Guarapuava. Dentre os objetivos do fórum estavam a estruturação do grupo, com a definição de diretrizes e encaminhamentos em relação ao seu funcionamento, além da troca de experiências, fortalecimento do trabalho cultural nos municípios e a garantia de políticas mais amplas.

No encontro, as equipes aproveitaram para fazer o intercâmbio de metodologias de gestão e projetos. Também foram feitas visitas técnicas a equipamentos culturais de Ponta Grossa. “Começamos um novo tempo no trabalho de gestão de cultura nos sete maiores municípios do interior do Paraná. Enquanto gestor de cultura no governo Elizabeth Schmidt, fiquei honrado em receber o fórum, emocionado com a percepção de meus colegas secretários sobre nosso desenvolvimento cultural e feliz pelos laços que criamos”, destaca o secretário municipal de Cultura de Ponta Grossa, Alberto Portugal.

A partir de agora, está em elaboração pelo bloco um plano de ação, tendo como meta principal estabelecer instrumentos de cooperação técnica entre os sete municípios que o compõem. “Tivemos grandes avanços em termos de estruturação do bloco e de planejamento. Estamos com integrantes muito comprometidos e tenho certeza de que os trabalhos desse grupo trarão muitos benefícios para todos os municípios envolvidos”, destacou o diretor-presidente da Fundação Cultural de Foz, Juca Rodrigues, que foi escolhido como coordenador do G7.

O diretor de Cultura de Cascavel, Robson Macanhão, considera que “é muito importante discutir políticas públicas com esse grupo seleto dos sete maiores municípios que são polos culturais em suas regiões”. Na visão dele, o G7 servirá de modelo, não só para o Paraná, mas para outros estados também.


Formação
O bloco do G7 foi composto pelos gestores Juca Rodrigues, diretor-presidente da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu; Alberto Portugal, secretário de Cultura de Ponta Grossa; Bernardo Pellegrini, secretário de Cultura de Londrina; Rosselane Giordani, secretária de Cultura de Toledo; Rita Felchak, secretária de Cultura de Guarapuava; Victor Simião, secretário de Cultura de Maringá; diretor de Cultura de Cascavel, Robson Macanhão; bem como assessorias de suporte, com Alexandre Barbosa, Cristiane Cândido, Thaisa Praxedes, Edson Salez, Celia Dell’aglio, Carlos Alexandre Martins Schneider, Valdir Grandini, Antônio Carlos Machado, Gabriela Oliveira, Cristhian Lucas e Cleiton Marques. 

Reuniões dos gestores definiu primeiras medidas e estruturação do G7

Ponta Grossa sedia encontro de gestores culturais

A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, por intermédio da Secretaria Municipal de Cultura, sedia, entre os dias 11 e 12 deste mês (terça e quarta), o ‘I Encontro Presencial do Fórum G7’ de gestores culturais do Paraná. O evento vai se desenvolver em diferentes espaços culturais da cidade, com a acolhida aos participantes acontecendo no Cine-Teatro Ópera. 

O Fórum G7 é formado por gestores culturais dos municípios de Londrina, Foz do Iguaçu, Maringá, Toledo, Ponta Grossa, Guarapuava e Cascavel. Durante dois dias, os participantes, entre eles, secretários municipais de Cultura, vão discutir temas como as políticas públicas do setor, o intercâmbio de experiências e cases de sucesso, a integração de municípios, o Consórcio Intermunicipal de Cultura, a regulamentação do fórum G7 e o mapeamento do panorama da cultura nas grandes cidades do Paraná. 

“Discutir as políticas culturais e promover a troca de experiências entre as cidades é muito importante para que possamos construir um setor cultural mais forte, dinâmico e estruturado. Atingir esse objetivo é um dos focos da nossa gestão em Ponta Grossa. Nos últimos meses, nossas ações têm rendido resultados positivos, tanto para a classe artística quanto para a população. Tenho certeza que esse encontro, além de apresentar a cidade e as ações que temos desenvolvido, também irá contribuir para que avancemos ainda mais na política cultural do Município, incluindo a definição de novas estratégias voltadas para o fomento e fortalecimento da cultura da nossa cidade”, destaca a prefeita Elizabeth Schmidt.

O secretário municipal de Cultura de Ponta Grossa, Alberto Portugal, anfitrião do evento, fala sobre a importância de sediar o encontro. “Ficamos honrados e felizes em receber os gestores de outros municípios, para um intercâmbio de informações, troca de experiências e cases de sucesso”, destaca. O secretário lembra ainda que “Ponta Grossa vive um momento muito expressivo na cultura do Paraná” e que a cidade tem participação e representatividade na ‘AMCG Cultura’, na qual ele é o coordenador, no Conselho de Cultura do Paraná e no G7. “São grupos de trabalho que somam forças para executar políticas públicas de cultura”, explica. 

De acordo com Joaquim Rodrigues da Costa, diretor-presidente da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, a ideia surgiu há algum tempo, antes da pandemia. “Tivemos dificuldades na pandemia, mas pudemos colaborar e nos ajudar muito, graças a essa parceria”, explica. A proposta é ter um espaço de colaboração entre esses municípios, com trocas de experiências, desenvolvimento de projetos e ajuda para seleção de editais, entre outros.

Nesse sentido, o encontro é mais um passo na estruturação e formulação do ‘G7’, conforme explica Rodrigues da Costa. Deve ser definido se vai existir juridicamente, composição de diretoria e como vai funcionar no dia a dia, entre outros aspectos. “Eu vejo como uma forma importante de articulação, pensando na gestão de hoje, que precisa cada vez mais de atenção para a comunicação e romper essas barreiras entre os municípios” explica. 

O coordenador do Fórum destaca ainda que neste ano vão se aplicar duas leis que vão fazer toda a diferença para o cenário cultural no Brasil: Lei Paulo Gustavo e Lei Aldir Blanc 2. Essas devem transformar radicalmente o cenário da cultura para melhor e esses municípios, que são destaque no Estado, precisam estar atentos para serem mais assertivos, o que pode ser feito com essa união, parceria e troca de informações.

SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA
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